sábado, 18 de outubro de 2008

E agora?

Perto da minha casa tem uma rua que eu só vejo o começo. Ela some direita afora, correndo morro acima e atiçando a minha curiosidade. O que vem depois daquela curva? Todos os dias, eu passo em frente a esse enigma, vendo árvores, carros estacionados e um prédio isolado. Todos os dias, eu me vejo querendo explorar o resto daquele canto de mundo. Mas todos os dias eu ouço um "agora não, mais tarde" na minha mente.

Aquela rua é o caminho para a felicidade e aquela voz sou eu. Perdida em procrastinações, eu sempre vejo-me rendida ao mais fácil, que é deixar tudo para depois. Mesmo que eu possa ter o fantástico, de que ele vale se eu deixo para ir ao seu encontro somente amanhã? Há sempre a atuação de uma força maior qualquer que me deixa completamente inerte no agora.

Depois daquela curva, quem sabe, há sorrisos, paz, respostas. Tudo que eu sempre quis pode estar concentrado ali. Mas eu não sei - estou sempre a esperar por uma hora melhor para averiguar se meu pote de ouro está após aquelas árvores. Só que amanhã, amanhã é outro dia e aí pode ser tarde demais.

O futuro e o passado também perdem seu valor se o presente não for devidamente apreciado. A vida é agora, não depois. Eu não deveria postergar minha busca pela realização dos meus sonhos. Então preciso abrir meus olhos - agora, não mais tarde. Porque eu não deveria deixar para amanhã para começar a viver.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Perdoar alguém sem olhar quem

Eu posso até ser ingênua demais, mas acredito que perdão não tem limite. Não existe uma linha a ser traçada que delimite o que é perdoável ou não. Todos somos passíveis de cometer erros, portanto todos deveríamos ter o direito a uma segunda chance, uma nova oportunidade para fazer tudo diferente.

Além do mais, o que seria da vida se não fossem esses erros? Não poderíamos aprender, o que nos fadaria a uma impossibilidade de crescer. Precisamos que os outros vejam em nós arrependimento e esqueçam daquilo que não foi certo. Sem isso, não há espaço para esse amadurecer. É assim que se constrói uma vida melhor.

Eu creio em apagar o passado e só olhar para um futuro melhor. Sem mágoas nem ressentimentos, não importa o que foi feito.
Nada é tão impossível de ser esquecido. Um mau julgamento pode aparecer de todas as formas e tamanhos - poderia ter sido você quem cometeu esse erro.

Desculpe-me, mas acredito em um mundo aonde deve existir um perdão pleno.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Dramaholic

A vida é uma novela e eu sou a mocinha. Um sorriso só me encontra quando chove e é quase uma necessidade existir alguma coisa errada. Até protagonistas mexicanas deviam ter injeva desse cotidiano.

Dizem que é vício, mania, patologia, mas entenda - é só que a cada dia há um novo motivo para que uma hora eu simplesmente transborde e desmorone. Não é como se eu procurasse os problemas, eles é que me encontram naturalmente. Não tem como negar ou fingir que não existem, aquelas questões estarão lá de qualquer forma, tomando conta da mente e do coração.

Eu cultivo flores, mas o que posso fazer se elas crescem e viram dor? Só quem sente é que sabe. A vida é o drama em si. E a grande pergunta é: quando é que eu tenho o meu final feliz?