domingo, 25 de novembro de 2007

Razão de Blog


Qual a graça de ter um blog de pouca relevância e mínimos acessos? E qual a graça de ter alguns textos seus publicados na maior revista adolescente do país?
Apesar de escritora, diante de tais perguntas, qualquer coisa mais que eu fale é simplesmente supérflua - os motivos para amar fazer parte deste grupo seleto são tão incríveis quanto infindáveis!

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Soneto Indagatório

O dilema entre o certo e o errado,
Questão entre a razão e a emoção,
É esse medo errôneo canalizado
Em dúvida que exprime indecisão.

Todo suspiro está exasperado,
Cada pegada já não é canção:
É a agonia que tem demonstrado
A maleficidade da questão.

Até descobrir aonde eu estou,
A estrada tortuosa por aí vai
E todo esse tempo virou breu.

A pergunta se tornou o meu vou,
O futuro é destino que distrai.
Eis uma delonga que não morreu.


14.maio.2007

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Presente de Natal


Não rogarei por alguma outra paixão minha para que me ame como nunca amou outro alguém - é o meu pedido de todos os anos e eu nunca o recebo, de qualquer forma. Tampouco suplicarei por algum amor verdadeiro, seja de alguém que já gosto ou de alguma outra pessoa que possa surgir em minha vida - as estrelas cadentes já estão fartas de tais palavras.
O que poderia pedir, talvez, seria felicidade e sucesso, mas essas são coisas que são alheias a desejos, dependem de mim.

Este Natal é diferente, eu já sou outra pessoa. Aprendi que pelas desilusões desses anos que amor não é algo que se pede, mas que se acontece, na hora e no lugar em que estiverem destinados a ser.
Neste 25 de dezembro apenas pedirei esperança - quero continuar acreditando que existe uma hora e um lugar para mim.
Jovem


Tu falas e pensas que és sábia, tu cantas e acreditas ser rouxinol, tu danças e achas que o mundo treme aos teus pés.

Mas, Jovem, o sol não nasce toda manhã para brilhar para ti, é para todos nós. As estrelas estão no céu e todos nós podemos vislumbrá-las, não só os teus minúculos olhos. Somos todos capazes de alcançar patamares inimagináveis em dado momento e esquece-te de que estar sob tímidos holofotes noite e outra não faz de ti divindade.

Tudo é passageiro e furtivo: teu sorriso, tua beleza, tua vida. Somos insignificantes perante planetas e galáxias, e é de uma audácia imensurável pensar que todos derramariam-se em lágrimas por vontades patéticas tuas. Surpreender-te-á como tal tua vaidade tirará de teus braços aqueles poucos dois ou três que ainda suportam tua arrogância.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Estado minimalista


Garota põe sua melhor roupa, passa seu melhor perfume, combina com todos os seus melhores acessórios e sai para passear. Vai de transporte público e logo depois caminha pela avenida mais movimentada de sua cidade sozinha, rumo ao encontro com seus amigos. Cara de rica e não segura.

Só que ela esquece-se de que é presa fácil. Quando ela menos esperar, poderá dizer adeus àquele celular cujos pais suaram tanto para que pudessem dar de presente no seu aniversário e terá de esquecer aquele colar que não passava de uma bijuteria que sua avó havia dado-lhe, de valor sentimental, mas que foi confundido com jóia.

Bem-vindo ao cotidiano de uma cidade grande. É um risco sem tamanho que não se pense em se proteger contra o que o cerca por aqui. Faz parte desse dia-a-dia doido que se considere a violência antes de qualquer coisa. Menos é mais, antítese urbana: quanto menos você carregar consigo por essas ruas turbulentas, mais você terá depois.