terça-feira, 20 de novembro de 2007

Jovem


Tu falas e pensas que és sábia, tu cantas e acreditas ser rouxinol, tu danças e achas que o mundo treme aos teus pés.

Mas, Jovem, o sol não nasce toda manhã para brilhar para ti, é para todos nós. As estrelas estão no céu e todos nós podemos vislumbrá-las, não só os teus minúculos olhos. Somos todos capazes de alcançar patamares inimagináveis em dado momento e esquece-te de que estar sob tímidos holofotes noite e outra não faz de ti divindade.

Tudo é passageiro e furtivo: teu sorriso, tua beleza, tua vida. Somos insignificantes perante planetas e galáxias, e é de uma audácia imensurável pensar que todos derramariam-se em lágrimas por vontades patéticas tuas. Surpreender-te-á como tal tua vaidade tirará de teus braços aqueles poucos dois ou três que ainda suportam tua arrogância.

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