segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Estado minimalista


Garota põe sua melhor roupa, passa seu melhor perfume, combina com todos os seus melhores acessórios e sai para passear. Vai de transporte público e logo depois caminha pela avenida mais movimentada de sua cidade sozinha, rumo ao encontro com seus amigos. Cara de rica e não segura.

Só que ela esquece-se de que é presa fácil. Quando ela menos esperar, poderá dizer adeus àquele celular cujos pais suaram tanto para que pudessem dar de presente no seu aniversário e terá de esquecer aquele colar que não passava de uma bijuteria que sua avó havia dado-lhe, de valor sentimental, mas que foi confundido com jóia.

Bem-vindo ao cotidiano de uma cidade grande. É um risco sem tamanho que não se pense em se proteger contra o que o cerca por aqui. Faz parte desse dia-a-dia doido que se considere a violência antes de qualquer coisa. Menos é mais, antítese urbana: quanto menos você carregar consigo por essas ruas turbulentas, mais você terá depois.

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