sábado, 28 de junho de 2008

Sobre os cafas


Não há como negar - é dos cafajestes que elas gostam mais. E não é que não sonhamos com aquele cara doce que manda flores e abre a porta para você. A questão é que sonhamos que o cafajeste se torne, por nossa causa, esse homem perfeito.

Porque não importa o que digam. Aquele frio na barriga por causa da dúvida do "será que ele me ama mesmo?" é impagável e totalmente necessário. Noites sem dormir, pensando nele e se ele está pensando em você é que tornam a paixão algo tão gostoso de sentir. Afinal, o que seria desse sentimento se não fosse esse mar de incertezas?

Para resumir, precisamos daquela loucura e sofrimento que só o cafajeste consegue trazer para as nossas vidas. A verdade é que, no mundo real, o príncipe encantado só é bom quando tem aquele toque de lobo mau.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Certificado de efemeridade


Sinceramente, tatuar seja o nome o ou rosto da pessoa que se ama não passa de uma loucura de amor, e no pior dos sentidos.

Quando se faz essa tatuagem, não dá para dizer se vai ser eterno - a resposta só vem no fim de seus dias. Mesmo que pareça verdadeiro, mesmo que pareça que vá durar para sempre, de fato, não tem como saber. É apenas mera estupidez, futuro arrependimento.

Esse ato não reforça sentimentos, não reforça qualquer coisa. Se esse suposto amor existir, ele permanecerá lá independente disso. E se tudo não está indo tão bem, outro motivo para não fazer isso.

Enfim, quando você tiver seus 60 anos, casada, com filhos e netos, não vai querer ter o nome de outra pessoa gravada em você. Tatuar-se é algo sério demais para que seja feito no ímpeto de uma paixão passageira, porque ela vai embora, a pessoa vai embora e tudo mais é deixado para trás - menos a tatuagem.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

No one to watch

Alcohol to celebrate
This completely great date
While I sit and contemplate
My tragic and morbid fate.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Ambigüidade


Então ocorreu a Gregório que talvez as coisas eram necessariamente o que aparentavam. Ele sabia, ele sabia o que ele tinha visto e pronto. E nada de planos, só havia espaço em sua vida para uma única reta. Mas ainda havia a dúvida, uma secção interna que o matava. Eram duas vozes que duelavam como bestas atrozes, dilacerando a garganta uma da outra, famintas por vermelho.

Ele andava incessantemente de um lado para o outro daquela pequena sala, como se seus passos fossem resolver o turbilhão interior de sua atormentada alma. Ele não sabia em que acreditar, e tomar um vento na sacada naquela tarde ensolarada não era a resposta. Mesmo.

Sentou-se e olhou para o infinito. Nada. Voltou aos seus sentidos, endireitou-se e, com um suspiro pesado, viu-se resoluto. Depois de horas a pensar, enfim tinha a resposta àquela dualidade que o consumia. Melhor ausentar a lâmina e sua respectiva imundícia. Nada mais romântido do que literalmente fazê-la perder o ar.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Dia dos Solteiros


Me chame de amarga ou recalcada, pouco importa - continuo desgostando o famoso "dia dos namorados". Sinceramente, quer motivo mais descarado para que comerciantes lucrem a partir de casais cegos de paixão? Além disso, é inegável que é motivo de certa tristeza praqueles que ainda estão sozinhos.

Abaixo tudo isso! Tem de haver a criação de uma nova data, uma que realmente faria uma diferença nessa sociedade - o dia dos solteiros. Isso é que faria uma diferença e seria realmente divertido, sem contar que não

Imagine só! Festas, baladas promovidas em função dessa parcela desfavorecida no tal dia. Tudo para que você possa se divertir e, talvez, achar sua metade da laranja. Quer comemoração mais proveitável?

Enfim, não gosto mesmo do atual 12 de junho, mas venho aqui propor essa idéia. Então, solteiros de plantão, avante à difusão dessa nossa data!