sábado, 1 de maio de 2010

Buraco

É incrível a facilidade com que você pode fingir que as coisas continuam as mesmas. Rupturas, ainda quando mais bruscas, dão medo e causam aquela sensação de que o chão não existe mais. Você está caindo, caindo, caindo... O que será da vida agora se você não sabe mais como viver nessa nova situação?

Acho que um bom exemplo é quando você brincava de boneca ou de carrinho. Por muitos anos, era tudo que você sabia. No entanto, a partir de certo ponto, você percebeu, por mais que de forma extremamente sutil, que já não gostava tanto assim daquela brincadeira. Dificílimo largar daquele conforto do conhecido. Complacência. O que mais você sabia da vida? Largar algo tão importante para você era uma mudança muito drástica. Então ignorou o que os seus sentidos disseram a princípio e a cada dia foi brincando menos, até parar totalmente.

Com certas coisas não é possível essa fase de transição, mas com outras chega a ser ridículo como você pode continuar se enganando antes de enfrentar a realidade face a face. Dados eventos recentes pelos quais passei, cheguei à conclusão que é bom que às vezes não seja possível viver uma mentira, nem que seja para amenizar o choque. Uma hora esse baque vai vir e, acredite, vai ser mais forte que antes. E o pior – esse fingimento não ajuda nada em saber como você deverá viver sua vida dali para frente.

Todo término de relacionamento é um despencar.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Apologia à Selva

Os dias são parecidos demais. São os mesmos carros, as mesmas ruas, as mesmas filas, o mesmo caos urbano típico dessa cidade grande. É o mesmo desperdício de tempo ignorando o rádio enquanto se fita a placa logo adiante com a mente mais vazia que uma folha em branco. Oceano cinza, brisa fosca.

E então adentro o perdido, o esquecido, e o concreto finalmente encontrando o verde. Em meio à natureza tal qual como era a intenção divina. No entanto, estranhamente sinto-me fora do meu habitat: a companhia de árvores e outras plantas mil não comunica qualquer coisa senão uma imensa vontade de abandonar aquele nada e voltar para a infame selva de pedra. É como se eu estivesse longe do meu lar.

Esqueça aquela rede em frente a uma praia, com calmaria estampada no rosto. Meu elemento é artificial; dá-me um elixir de urbanidade. O caos é o combustível do sentimento e do pensamento. A poluição, o trânsito, os arranha-céus não constituem um desperdício de vida: são em verdade o que constrói a alma.

domingo, 1 de novembro de 2009

Um mundo mais verde por um mundo mais pink

Eu deixo o mundo mais pink tentando deixá-lo mais verde. Pode parecer meio estranho a princípio, mas é fácil – eu deixo o mundo melhor de se viver ao ser comprometida com projetos para preservá-lo.

Se não cuidarmos do mundo que temos hoje, sequer ele existirá amanhã para podermos continuar deixando ele pink, um lugar incrível de se viver. Para que todos continuem colorindo o planeta, eu incentivo a reciclagem e tento viabilizá-la como posso em lugares onde ela não é praticada.

Claro que não é lá um grande impacto, mas eu faço a minha parte. E se todos fizerem também, garantimos um mundo em que todo mundo também pode deixá-lo mais pink, não só por garantir menos poluição ou menos destruição, mas de qualquer forma que se quiser.

A questão é que ao deixar o mundo mais verde, temos a opção de pintá-lo de qualquer cor depois, fazendo o que quisermos.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Redes essenciais

Eu tenho que admitir que uso e abuso das redes sociais. Mesmo que nada aconteça, mesmo que eu não ganhe um scrap sequer, eu sinto uma necessidade incontrolável de checar meu orkut... Como era a vida antes dele, mesmo?

Da mesma forma que eu fiquei praticamente viciada nesse tipo de coisa, tenho certeza que existem muitas outras pessoas por aí que são do mesmo jeito que eu – Deus o livre de ficar um dia sem entrar lá pra, pelo menos, ver o que os outros tão fazendo! Então eu não acredito que é uma questão de moda que vai passar. As redes sociais já estão incorporadas às nossas vidas e não tem mais volta.

Alguém quer me adicionar aí?

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Fel.

Estou sozinha no meio de um deserto ao meio dia. Suas condições são demais para mim. Quanto alguém pode suportar?

A temperatura é algo que um ser humano não pode aguentar. A areia está no chão e no ar, num vai-e-vem incessante, corroendo minha pele, causando ardência nos meus olhos, tentando me levar à loucura. É um vento quente que tenta queimar a alma.

E é meio dia. Estou sozinha num mar de areia, perdida, e não há como fugir – sequer sei onde estou. O sol está exatamente acima da minha cabeça, tirando qualquer norte que a natureza poderia me mostrar.

Sou traída por quem pensei em que podia confiar, natureza vil. Estou presa assim, como se pagasse dura e cruelmente por um crime o qual não cometi.

Você disse adeus e me deixou aqui.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Fraternidade

Eu tenho uma irmã dois anos mais nova. Haja paciência, viu...

Quando éramos pequenas, parecia que imitávamos o que víamos na TV: era uma correndo atrás da outra, sempre envolvidas em brigas e tabefes. Tom & Jerry na vida real, sabe? Coitada da nossa mãe que tinha ainda que apartar duas meninas raivosas com unhas afiadas!

Mas o tempo foi passando, fomos crescendo e nos dando cada vez melhor. Hoje ela é definitivamente uma das minhas melhores amigas – apesar dos atritos que eventualmente temos. Saímos juntas pras baladas e temos todos os amigos em comum. Quando alguém chama uma pra alguma coisa, tá sempre implícito que a outra também vai.

Ela é irmã – no sentido mais profundo da palavra.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Gabriela-Marissa

Se eu tivesse que ser alguma personagem de seriado, cheguei à conclusão que só poderia ser a boa e velha ame-ou-odeie Marissa Cooper.

Meio dramática, com problemas menores do que ela pensa que são e um gosto peculiar por esses dramas, acho que é quem mais se aproxima de mim. Porque nenhuma outra personagem conseguiu tantas idas e vindas em relacionamentos, além de desafiar o que era imposto pelo mundo “perfeito” de aparências em que ela vivia.

Só vamos ignorar a parte em que ela morre tragicamente no acidente com o Ryan, né, gente... Eu só bati o carro duas vezes e ninguém se machucou...

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Aos alunos, com carinho

Tive vários professores que sempre lembrarei. Aquela ajuda especial, aquele contato mais próximo... Tem certas coisas que não há como esquecer. Mas queria mesmo é falar de como eu queria marcar a vida dos meus alunos.

Sempre tive uma meta de fazer a diferença na vida de alguém. E com isso em mente, entrei para o grupo daqueles que lecionam. Queria ajudar, queria que anos depois, lá para frente, esses alunos olhassem para trás anos e se lembrassem, com o mesmo carinho que eu ensino, de como eu almejei trazer alguma melhora para eles.

Vou levar para o resto da vida o afeto que eu criei por esses alunos. Apesar de passar poucas horas com cada um deles, de saber tão pouco sobre suas vidas, é impossível não criar qualquer estima. Porque eu simplesmente não escrevia em lousas, inventava exemplos criativos ou respondia a toda e qualquer dúvida: eu colocava meu coração ao ensinar.

Eu espero que eles sempre se lembrem disso. Eu gostaria que se fosse para escrever um texto “ao mestre, com carinho”, que eu fosse um nome que aparecesse na mente deles. Porque eles jamais sairão da minha.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Para o dia valer a pena

Imagine que a chuva tenha começado assim que você saiu de casa sem o guarda-chuva. Imagine uma briga fenomenal com a mãe ou com o pai por um motivo bobo. Imagine um dos piores dias da sua vida.

Existe salvação ainda. O meu mundo pode estar desmoronando, mas se eu vejo ele sorrindo, eu juro que tudo parece um tanto quanto mais suportável.

É como se ele visse através do que eu transpareço para o mundo, é como se ele me confortasse, tudo quando ele sorri. Aquele sorriso derrete todas as conternações do mundo ao meu redor. É estranho, mas ao fazer meu dia valer a pena apesar dos apesares, quando ele sorri também parece que me o simples fato de me ver faz valer a pena o dia dele.

Tudo pode estar horrível. Não importa o tamanho dos desastres que tornam o dia um daqueles em que era melhor não ter levantado da cama. Se eu vejo aquele sorriso, eu ganho o meu dia, a minha semana, o meu ano, porque ele faz parecer que eu sou especial para ele. E significar algo para ele faz valer uma vida inteira.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Em busca da cantada perfeita

Cantada é uma coisa complicada... Ela tem que ser meticulosamente pensada (pra gente acabar não ouvir coisas como "êêê lá em casa!"), tem que soar tão natural como um "bom dia" e tem ainda que agradar a garota-alvo, em específico (porque o que pode ser legal pra mim pode parecer terrível para outra). Cantada é quase que uma arte!

E agora falando daquela que é perfeita pra mim... Esqueça romantismos formais e coisas que qualquer um poderia ter me falado. Pior ainda se a pessoa é ousada demais, tomando liberdades que eu não dei, extrapolando os limites. Eu gosto é de criatividade e de uma pitada de diversão. Se o cara faz um trocadilho engraçadinho e ainda me elogiando, juro que não sei onde enfiar a cara! Fico toda sem graça e sem saber como reagir – e isso é a maior prova de que a cantada foi eficaz comigo

Naturalidade, humor e sinceridade. Juro que não consigo resistir, e pergunto mais: tem como?! Acho que ainda está pra nascer alguma garota no mundo que é à prova de cantadas com essas qualidades…! Fica a dica, meninos!