domingo, 4 de maio de 2008

O Bar - Parte III


Com desnecessárias cerimônias, ele desculpou-se pelo atraso e achou-se perdoado mais rapidamente do que ela intencionara. Era só que aqueles olhos lhe faziam ouvir coisas.

Sentaram-se distantes dos outros e próximos um do outro de maneira que o inesperado por ela era iminente. Rasgavam-se em sorrisos e toques e cada segundo a mais ao lado dos drinks que haviam pedido era um segundo a menos até que se desfizessem em seus próprios gargalos. Eram veemência contida.

Abriu os olhos. O sino soava e era mais um dia frio de inverno que tornaria suas narinas rubras ao passo que o ar secaria seus olhos. Tratava-se de mais outro sol com chuva interna. Não haveria desdobramento daquela cena. A realidade ecoava na forma de alarme.

O mundo imaterial nunca viria a concretizar-se, era trevas que recusavam-se ser ofuscadas. Ela estava decidida a ter idéias hoje que se tornariam algo grande amanhã. Ela deixou que fosse criada para ela a ilusão de que a utopia era a medicina da vida. E que ledo engano pensar que seria fácil sonhar...

5 comentários:

  1. oiii
    te convido a conhecer meytamorphoses, sobre música, cinema e livros!
    espero q curta, bejaum!

    =*

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  2. Na água tudo se perde
    Lavas do rosto a desventura
    Uma lágrima é simples gota
    Perdida do mar da ternura


    Boa semana


    Doce beijo

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. oie...
    amei o blog...
    é lindo!!!
    Bjoka

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  5. Ain menina q esse conto tá fantastico! Quer local mais cheio de possibilidades que um singelo bar?? :D

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