quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Fura-bolo que fura olho

Traição. O que quer que seja que venha à cabeça ao ouvir essa palavra, não pode ser qualquer coisa como sorrisos e anjos. Adicione paixões e colegas e temos a receita para um desastre.

Se uma amiga ficasse com o meu namorado, seria uma traição dupla. Não somente ela seria a pivô de uma separação, responsável por um coração partido, mas também estaria traindo toda a confiança que eu depositei nela como amiga.

A verdade é que a base de qualquer relacionamento é confiança. Se não houver isso no namoro ou na amizade, não tem como esses dois existirem. Podemos estar em pleno século XXI e sermos super modernos, mas essa coisa de "furar olho" vai ser sempre o fim - seja do namoro, seja da amizade.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

A ausência faz o coração refletir

Gisele era tudo. Desde seu intelecto inequiparável até seu semblante que me atraía ao extremo, eu não poderia pedir por mais nada em alguém que já não tivesse encontrado nela. Aquele sorriso, aquele sotaque, aquela espontaneidade. Estava cativado, corpo e alma.

Eu prometi a ela flores, cartas e todo o meu amor. Naqueles dois meses, a única coisa a qual não lhe jurei era o mundo, pois ela já o tinha. E foram dois momentos, dois momentos tão bons, mas que vieram ao fim, numa triste despedida hispânica. Estávamos apaixonados, mas éramos jovens e morávamos longe, longe demais. Existia um oceano intransponível e literal entre nós.

E as epístolas pararam, tempos depois, junto com esse amor juvenil. Não de repente, mas como se aos poucos o coração fosse se desapegando daquilo que outrora foi tão real. A distância trouxe o esquecimento.

Contudo a ausência não me fez esquecer plenamente dela. Em algumas horas serei um homem casado e tudo o que passa pela minha mente é a imagem daquela Gisele tão livre, tão esbelta, tão minha. Imagino se agora ela está casada e se esse outro é melhor do que eu. As perguntas são inúmeras. E se eu tivesse mantido minhas promessas? E se eu tivesse sido persistente, se tivesse a visitado em sua faculdade, se tivesse continuado a ligar? E se eu tivesse resistido a esse impulso natural de deixar o passado para trás?

O que teria acontecido se nenhum de nós tivesse desistido?




-Absence makes the heart ponder.

sábado, 16 de agosto de 2008

Bisbilhotando

Eu fuço páginas de Orkut, Facebook, MySpace, blogs e qualquer outra coisa que estiver ao meu alcance. E por que não?

É público, eu tenho acesso e disponibilidade. Eu vou mais é olhar o que acontece com os outros. Não que seja lindo o fato de eu fazer isso e tudo mais - nunca é politicamente correto admitir o que todos fazemos, de qualquer forma.

Mas eu olho. Eu futrico, espio e procuro por mais. Porque de que outra maneira eu ia ficar sabendo que ela tá dando em cima daquele cara que eu tô afim?

sábado, 9 de agosto de 2008

Sobre a independência

Ser independente é ter uma chave para infinitas possibilidades. É trancar a porta de casa e sair com os amigos meia-noite e não dar satisfação a ninguém. É se trancar no seu apartamento com quem quiser e se esquecer do resto do mundo. Ou então, é trancar o carro num sábado à tarde numa cidade perdida depois que você decidiu viajar a esmo.

Mas mais do que isso, ser independente é não ter que relatar, responder ou reconsiderar. É ter liberdade adquirida e não ter de abrir mão dessa conquista. É ter a escolha de fazer o que quiser, ter opção, nunca obrigação.

Ser independente é ser quem você é por você mesmo.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Loucura de amor

Era setembro e eu passava as horas a olhar o tempo mudando. Assistia ventos, gotas e luzes. E a minha vida, sempre a mesma. Mas aquela primavera trazia mais que mudanças metereológicas.

Ele havia entrado na minha vida repentinamente. Alguns minutos depois de vislumbrar sua face já era tudo que eu conseguia pensar. Aquele jeito dele de segurar o violão e depois, com aquela voz que me arrepiava, acompanhar a música... Ele havia se tornado a voz na minha cabeça da noite para o dia.

Eu perdia noites de sono encarando seu rosto em fotos, as quais estavam devidamente penduradas em minhas paredes. E antes de observá-lo sob aquele ângulo, um beijo de boa noite em cada uma das imagens, até o dia em que eu pudesse beijá-lo devidamente. Se aquilo era tudo que eu podia ter, então que fosse.

E eu sabia tudo. Seu aniversário, sua cor e comida favoritas e até seus planos e sonhos. Para ser honesta, era capaz de eu saber mais sobre ele do que ele mesmo. E, a cada pequeno detalhe mais, eu morria. A cada vídeo que eu assistia, a cada canção que ouvia, a cada lábio que ele beijava que não era meu.

Eu nutria uma obsessão por alguém que nem conhecia. Ele me matava e nem sabia que eu existia.