quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Loucura de amor

Era setembro e eu passava as horas a olhar o tempo mudando. Assistia ventos, gotas e luzes. E a minha vida, sempre a mesma. Mas aquela primavera trazia mais que mudanças metereológicas.

Ele havia entrado na minha vida repentinamente. Alguns minutos depois de vislumbrar sua face já era tudo que eu conseguia pensar. Aquele jeito dele de segurar o violão e depois, com aquela voz que me arrepiava, acompanhar a música... Ele havia se tornado a voz na minha cabeça da noite para o dia.

Eu perdia noites de sono encarando seu rosto em fotos, as quais estavam devidamente penduradas em minhas paredes. E antes de observá-lo sob aquele ângulo, um beijo de boa noite em cada uma das imagens, até o dia em que eu pudesse beijá-lo devidamente. Se aquilo era tudo que eu podia ter, então que fosse.

E eu sabia tudo. Seu aniversário, sua cor e comida favoritas e até seus planos e sonhos. Para ser honesta, era capaz de eu saber mais sobre ele do que ele mesmo. E, a cada pequeno detalhe mais, eu morria. A cada vídeo que eu assistia, a cada canção que ouvia, a cada lábio que ele beijava que não era meu.

Eu nutria uma obsessão por alguém que nem conhecia. Ele me matava e nem sabia que eu existia.

Um comentário:

  1. que lindo cara, sério mesmo, final perfeito. è triste viver assim, tão apaixonado e tão só ao mesmo tempo. Por isso que joguei meu coração fora, um dia compro outro.

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