sábado, 7 de julho de 2007

Querer


Se eu pudesse dizer o que eu quero dizer, eu lhe contaria o sonho que eu tive com você na quinta-feira, ou talvez confessaria que eu realmente tenho ciúmes, por mais que eu tente evitar isso. Se eu pudesse falar o que vem à minha mente, você descobriria que 15 dias é tempo demais, mesmo que o relógio seja tão fugaz.

Agora, se eu pudesse ver o que eu quero ver, você estaria na minha frente como se toda a sua atenção estivesse focada em mim, para mudar a rotina. Se eu pudesse vislumbrar qualquer coisa, isso teria de ser declarações verídicas e em tom confessional suas, sem qualquer hesitação.

Ah, mas se eu pudesse ouvir o que eu quero ouvir...eu te amo. E não seria simplesmente outra brincadeira, outro passatempo, outra bobagem. Só essas três palavras; todo o resto é supérfluo, nada mais é necessário.

Mas como querer não é poder, eu tenho que me contentar com a minha própria ausência, nossas possíveis decepções futuras e o fato de que só eu que vejo o céu diferente quando estamos tão distantes. Você é o que eu quero.

domingo, 24 de junho de 2007

Calmaria Antes Da Tempestade


"Sentei na frente da minha janela: essa história está indo a algum lugar."

Falar só de uma música é uma tarefa extremamente árdua: como definir 17 anos em alguns minutos? Mas, de qualquer forma, teria que ser Calm Before The Storm, do Fall Out Boy. E por quê? É como se ao ouvi-la, eu adentrasse numa outra dimensão, como se fosse uma porta para aqueles dias em que eu via todos os dias a minha melhor amiga ou perdia a fala quando via aquele meu antigo amor, por quem eu tremi por um ano e oito meses ouvindo essa melodia. Essa música significa acima de tudo saudade, o único pedacinho de tudo aquilo que eu ainda posso ter. São 4'27" de passado no presente.

Como se isso não bastasse, ela ainda veio ainda a se encaixar no meu hoje, unindo tudo o que eu sentia com aquilo que eu sinto agora; ela conecta quem eu era a quem eu sou de forma unicamente passional. Definitivamente Calm Before The Storm vai sempre e pra sempre traduzir essa minha adolescência cheia de amores, saudade e música.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Palavras de um Passado para o Presente


E por mais que o seu olhar agora pese em mim, você pelo menos trouxe um sentido a tudo.

Antes era acordar por acordar, respirar por respirar, viver por viver. Bons ou ruins, meus dias eram apenas dias e nada mais. Mais uma existência que por mais que significante para alguns poucos, não passava disso. Não era como se havia um imenso regozijo ao olhar as estrelhas ou poder viver um sonho sob o luar.

Por mais que isso enlouqueça.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Behind Those Bars


-This one goes out to you, boy.

There's so much more to her behind these bars, she's so much more than what one may say. You're limitting youself to what common eyes can see, only. You should know it better than that, you should know her better than that.

They say she's too damn good for you, boy. A while from now, when it's already too late, you may realize what you were missing out on, and you do not want to make that mistake.

Try to open your eyes and see her through. Feel her heart. Listen to what she's thinking. Breathe her every breath. Taste her soul.

Oh, boy, she's dying for you to look past those bars.



http://www.fotolog.com/emotional_grrrl

sábado, 9 de junho de 2007

É o fim


Essa coisa toda de relacionamentos é um tanto quanto complicada! Tudo começa com um olhar, evolui para um beijo, que leva a um eu te amo, e depois acaba com um "temos que conversar". Entre esses acontecimentos muita coisa acontece, mas, de alguma forma, é sempre dessa última parte que mais nos lembramos: ou de como ele quebrou nossos corações, ou de como o ponto final foi mais que um alívio.

Eu sempre achava que, por mais que doesse demais, era melhor que ele terminasse comigo, porque a mera idéia de que eu causaria tanta dor e sofrimento para outra pessoa era pior ainda. Essa coisa de partir corações não era comigo.
Isso até o dia em que eu namorei com um garoto que fez minhas perspectivas mudarem. Ele se revelou ser tudo o que eu não queria e cada dia com ele era mais um tormento na minha vida: eu era infeliz ao lado dele. O sorriso dele custava o meu.

Foi aí que eu aprendi que, antes de amar outra pessoa, eu preciso me amar. Para deixá-lo contente, eu deixava minha vida se reduzir a nada. Por mais que fosse doer para a outra pessoa, por mais que fosse doer em mim causar dor a ela, tudo era ainda pior quando eu não era sincera com ele e me sentenciava àquele relacionamento no qual eu não queria estar.

Realmente dói levar um fora, pode doer dar o fora, mas dói muito mais você beijar alguém por medo dela sofrer: você está sofrendo ainda mais. Alguma hora, ela supera tudo, mas esses dias que você perdeu por pura esquiva nunca mais voltarão.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Destruição


A verdade é que eu nem sei mais contra o que eu luto. É uma batalha invisível que eu nem sei se realmente existe. Espada numa mão, coração na outra: é uma guerra aonde eu não posso sair vencedora.

O céu se apresenta de outra maneira quando você está assim distante, e eu queria que essa natureza não fosse tão expressiva para mim. Dia após dia, eu me encontro tentando me convencer de que você não é tudo o que eu quero agora. E é difícil, especialmente quando cada mínimo detalhe faz a diferença, me trazendo de volta para baixo, destruindo a ilusão que eu havia criado de que eu estou bem só assim.

E eu nem sei se eu ao menos posso sonhar com você da maneira que eu sonho.

Estavam certos ao dizer que deveríamos aproveitar a vida enquanto não encontrássemos o amor, porque ele nos destrói.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Tempus et Momentum


Dizem que temos todo o tempo do mundo, que temos tempo para sonhar, desejar, viver e morrer à vontade. Já outros dizem que não temos tempo para nada, tudo passa num piscar de olhos. Para amenizar a confusão, Einstein declara que o tempo é relativo.
Como a boa atemporal complexidade que é, essa questão segue por dimensões afora, sendo igualmente subjetiva.

Para também nem começar o debate sobre o momento. Sobre como ele é tudo na vida de todos nós; cada mínimo detalhe do aspecto mais insignificante que possa ser de nosso cotidiano, ele faz toda a diferença. O momento tem vida própria, e rege tudo que vivenciamos. E quão imutável é, tal perplexidade acarreta àqueles que vislumbram o presente e o possível futuro.

Há um mês e meio, tudo teria sido diferente.
É o tempo, é o momento. São essas coisas que às vezes esquecemos, mas que são tão onipresentes, que mudaram tudo.
Não era pra ser, e eles arranjaram uma maneira de colocar o curso desse leito como deveria ser. Só eu que não reconhecia isso, quanto mais entendia o porquê.
Mudaram meus desejos, minhas ansiedades, meu destino.

Congruo tempore et congruo loco.
Tempus est optimus judex rerum omnium.
Tempus regit actum.

terça-feira, 8 de maio de 2007

Só Mais Uma (Memória, Garota, Paixão)


Aquela garota sentava na sua cama e abria sua mente, como se fosse um livro. Ela se lembrava bem (e como!) quando tinha falado pela primeira vez com o garoto dos seus sonhos, quando perdeu a fala após ele beijar sua face; tudo parecia ontem. Ela tinha o semblante dele vívido ali, na sua frente, como se tudo se materializasse com a simples força do pensamento. Ali, revivendo suas experiências, como se numa tentativa desesperada de encontrar uma perspectiva para o futuro, ela analisava cada mínimo detalhe de toda aquela história que a atormentava havia muito.

Não, não. Essa garota sou eu. Apenas uma idealizadora com sonhos frustrados, sem qualquer esperança de algum dia ser mais que um nome para ele. E todas essas horas gastas pensando nele incessantemente não passam de inutilidade, futilidade, ele não virá. A minha desistência agora seria um atestado de coragem - amá-lo é tortura. Mas eu sou apenas uma garota, sentada, livro aberto, memórias, ele. Dar as costas a um ano e oito meses não é tão simples assim.

E aqui jaz minha mais profunda e sincera declaração. Nua e exposta, eu só espero que um dia ele perceba que eu sempre estive aqui. Dessa vez pouco me importa qualquer resquício de orgulho e sequer tentar dizer não: eu perdi tudo isso quando eu me dei conta de que ele não vai me abandonar tão cedo. Abandonar minha mente, abandonar meu coração.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Decisão da escolha


Estava eu confabulando comigo mesma, perdida em pensamentos, pois estava numa encruzilhada novamente: é incrível como toda e qualquer dúvida consegue acabar comigo; eu fico maluca se tenho que escolher. Eu sempre prefiro que os outros escolham por mim, seja pela minha incapacidade de decisão, seja porque eu tenho um certo receio de não agradar a vontade alheia. É, eu não gosto de escolher.

Mas aí parei pra pensar: imagine um mundo em que você não pode escolher o que gosta de comer ou não, não pode optar por um cabelo liso ou cacheado, quanto mais a cor dele. Um mundo em que a opção é não ter opção e tudo é imposto a você. Basicamente, seria a volta da ditadura, aqueles tempos tão repressivos dos quais só os mais ignorantes sentem uma certa saudade. Não, não, não convém desejar por isso.

E foi aí que então um pensamento ainda pior me ocorreu. E se nem houvesse uma segunda possibilidade? E se todo carro fosse branco, se todo celular fosse cinza e tivéssemos que circular pelas ruas todos usando um uniforme? A padronização é ainda pior do que a repressão: não tem nem com o que sonhar, não ter uma aspiração, ou qualquer perspectiva. Um mundo de iguais (e ser igual a todos não é tão bom como muitos pensam).

Conclusão? Acho que é indiscutível que por mais que seja torturante, muitas vezes, fazer uma seleção, isso acaba sendo melhor do que você não ter qualquer escolha. É o arco-íris que deixa nossas vidas tão coloridas, são as possibilidades que nos permitem sonhar. É só quando você tem alguma perspectiva de mudança que você pode planejar, pensar no passado e melhorar o futuro. O dom da escolha é o melhor presente que poderíamos ganhar, mas cabe a nós mesmos reconhecer essa dádiva de liberdade, apreciá-la e fazer bom uso dela em cada mínima escolha.

terça-feira, 17 de abril de 2007

"Hm...chiclete! Yum, yum!
Uva, tutti-frutti, uva, morango, uva, morango, uva, morango, uva. Delícia! Quero mais. Cadê? Yum, yum!"




É, não adianta quantos chicletes eu tire do pacote. Esse vazio aqui dentro ainda vai continuar existindo e me consumindo, nem que eu tente diferi-lo. O máximo que pode acontecer é eu desenvolver um processo de gastrite.

Deixar de lado qualquer coisa que me distraia não vai me impedir de mais cedo ou mais tarde encarar a vida. A questão é só que eu estou perdendo tempo demais, depois só vai ser pior. Não tem alguém em quem pensar não é estar feliz com a vida. Acordar e dormir, não é viver. Não é qualquer vício que me tira da rotina e traz um sorriso à tona.


Vazio, adiamento. Oco, protelação. Vácuo, procrastinação.
Eles só vão embora quando eu resolver viver minha vida de verdade.