sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Interiormente

Este sentimento de incomplitude
Que contraria a minha razão:
É como estar beirando um açude
E vir a perecer de sequidão,
É estar em profunda solitude
Permeando uma vasta multidão,
Algo que um reles poetizar
Não passa de um novo enganar.

Se cambiasse teria virtude,
Mas encarcera alma e coração;
Até tentei expurgá-la como pude
Mas a esta ânsia não dou vazão.
E como brilho de vil amplitude,
Ressemblo iludida luz em vão:
Tais versos soarão sem o cantar
Pois não se faz a voz alta ecoar.

sexta-feira, 27 de julho de 2007

EXquecido


Voltar com ex? Só se existir algum sentimento ainda, um assunto inacabado. Mesmo porque, se qualquer volta fosse propícia de fato, não existiriam tantas palavras com essas duas letrinhas logo no começo que expressam semanticamente o meu ver sobre boa parte do meu passado amoroso: extinto, expurgar, exterminado, expungir, exsucação, expulsão, dentre outras tantas.
É só que nem merecedores de mais citações esses ex são!

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Brilho duma mente sem seu brilho


Se eu pudesse apagar qualquer coisa da minha memória, teria de ser o dia em que avistei seu rosto pela primeira vez, porque há dois anos exatos que venho tentando esquecê-lo, sem obter qualquer sucesso. Sem dúvidas que seria o seu sorriso tão doce que eu excluiria.
É que simplesmente dói demais ter que ver o seu olhar com meus olhos fechados sem ter o seu toque.
deuxviesdosvidastwolivesduasvidas


E estava eu ponderando sobre a vida, sobre o que quero, quando novamente me deparo com duas vertentes. Infelizmente, essa é a tônica do meu viver, a irresolução devida a essas duas vidas paralelas que eu levo.

Existe a garota do quero ficar e a garota do quero ir, a do te amo e a do te odeio, aquela da primavera e a outra do outono, que se colidem, gerando toda essa confusão e indecisão que eu vivo.

Essa sou eu: duas garotas distintas aprisionadas em uma só. A conciliação é quase impossível, e só Deus sabe quem vence cada batalha, mas é questão é o que acontecerá se a reprimida quiser se libertar do seu estado cativo...

sábado, 7 de julho de 2007

Querer


Se eu pudesse dizer o que eu quero dizer, eu lhe contaria o sonho que eu tive com você na quinta-feira, ou talvez confessaria que eu realmente tenho ciúmes, por mais que eu tente evitar isso. Se eu pudesse falar o que vem à minha mente, você descobriria que 15 dias é tempo demais, mesmo que o relógio seja tão fugaz.

Agora, se eu pudesse ver o que eu quero ver, você estaria na minha frente como se toda a sua atenção estivesse focada em mim, para mudar a rotina. Se eu pudesse vislumbrar qualquer coisa, isso teria de ser declarações verídicas e em tom confessional suas, sem qualquer hesitação.

Ah, mas se eu pudesse ouvir o que eu quero ouvir...eu te amo. E não seria simplesmente outra brincadeira, outro passatempo, outra bobagem. Só essas três palavras; todo o resto é supérfluo, nada mais é necessário.

Mas como querer não é poder, eu tenho que me contentar com a minha própria ausência, nossas possíveis decepções futuras e o fato de que só eu que vejo o céu diferente quando estamos tão distantes. Você é o que eu quero.

domingo, 24 de junho de 2007

Calmaria Antes Da Tempestade


"Sentei na frente da minha janela: essa história está indo a algum lugar."

Falar só de uma música é uma tarefa extremamente árdua: como definir 17 anos em alguns minutos? Mas, de qualquer forma, teria que ser Calm Before The Storm, do Fall Out Boy. E por quê? É como se ao ouvi-la, eu adentrasse numa outra dimensão, como se fosse uma porta para aqueles dias em que eu via todos os dias a minha melhor amiga ou perdia a fala quando via aquele meu antigo amor, por quem eu tremi por um ano e oito meses ouvindo essa melodia. Essa música significa acima de tudo saudade, o único pedacinho de tudo aquilo que eu ainda posso ter. São 4'27" de passado no presente.

Como se isso não bastasse, ela ainda veio ainda a se encaixar no meu hoje, unindo tudo o que eu sentia com aquilo que eu sinto agora; ela conecta quem eu era a quem eu sou de forma unicamente passional. Definitivamente Calm Before The Storm vai sempre e pra sempre traduzir essa minha adolescência cheia de amores, saudade e música.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Palavras de um Passado para o Presente


E por mais que o seu olhar agora pese em mim, você pelo menos trouxe um sentido a tudo.

Antes era acordar por acordar, respirar por respirar, viver por viver. Bons ou ruins, meus dias eram apenas dias e nada mais. Mais uma existência que por mais que significante para alguns poucos, não passava disso. Não era como se havia um imenso regozijo ao olhar as estrelhas ou poder viver um sonho sob o luar.

Por mais que isso enlouqueça.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Behind Those Bars


-This one goes out to you, boy.

There's so much more to her behind these bars, she's so much more than what one may say. You're limitting youself to what common eyes can see, only. You should know it better than that, you should know her better than that.

They say she's too damn good for you, boy. A while from now, when it's already too late, you may realize what you were missing out on, and you do not want to make that mistake.

Try to open your eyes and see her through. Feel her heart. Listen to what she's thinking. Breathe her every breath. Taste her soul.

Oh, boy, she's dying for you to look past those bars.



http://www.fotolog.com/emotional_grrrl

sábado, 9 de junho de 2007

É o fim


Essa coisa toda de relacionamentos é um tanto quanto complicada! Tudo começa com um olhar, evolui para um beijo, que leva a um eu te amo, e depois acaba com um "temos que conversar". Entre esses acontecimentos muita coisa acontece, mas, de alguma forma, é sempre dessa última parte que mais nos lembramos: ou de como ele quebrou nossos corações, ou de como o ponto final foi mais que um alívio.

Eu sempre achava que, por mais que doesse demais, era melhor que ele terminasse comigo, porque a mera idéia de que eu causaria tanta dor e sofrimento para outra pessoa era pior ainda. Essa coisa de partir corações não era comigo.
Isso até o dia em que eu namorei com um garoto que fez minhas perspectivas mudarem. Ele se revelou ser tudo o que eu não queria e cada dia com ele era mais um tormento na minha vida: eu era infeliz ao lado dele. O sorriso dele custava o meu.

Foi aí que eu aprendi que, antes de amar outra pessoa, eu preciso me amar. Para deixá-lo contente, eu deixava minha vida se reduzir a nada. Por mais que fosse doer para a outra pessoa, por mais que fosse doer em mim causar dor a ela, tudo era ainda pior quando eu não era sincera com ele e me sentenciava àquele relacionamento no qual eu não queria estar.

Realmente dói levar um fora, pode doer dar o fora, mas dói muito mais você beijar alguém por medo dela sofrer: você está sofrendo ainda mais. Alguma hora, ela supera tudo, mas esses dias que você perdeu por pura esquiva nunca mais voltarão.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Destruição


A verdade é que eu nem sei mais contra o que eu luto. É uma batalha invisível que eu nem sei se realmente existe. Espada numa mão, coração na outra: é uma guerra aonde eu não posso sair vencedora.

O céu se apresenta de outra maneira quando você está assim distante, e eu queria que essa natureza não fosse tão expressiva para mim. Dia após dia, eu me encontro tentando me convencer de que você não é tudo o que eu quero agora. E é difícil, especialmente quando cada mínimo detalhe faz a diferença, me trazendo de volta para baixo, destruindo a ilusão que eu havia criado de que eu estou bem só assim.

E eu nem sei se eu ao menos posso sonhar com você da maneira que eu sonho.

Estavam certos ao dizer que deveríamos aproveitar a vida enquanto não encontrássemos o amor, porque ele nos destrói.