Eu fiz um comentário com um certo humor conotado acerca de você. Claro, foi negado. Mas eu afirmei que sabia quem você era. E não era isso mesmo, então, que seria feito? E você, da forma mais ríspida que pôde encontrar dentro de si mesmo, disse que eu não o conhecia.
Foram só quatro palavras, mas que efeito que tiveram! Quando se sentimentos estão em jogo, o menor dos males toma proporções tremendas. Era como se todas as ilusões que eu contruí em cima de seu ser maravilhoso tivessem sido espatifadas numa questão de frações de segundo, sendo evaporadas ar afora. Meia hora de silêncio bastou para querer esquecer aquele outubro.
E cá estou eu, agora, pensando acerca de tudo isso. Eu não pensava que você poderia despedaçar-me daquela forma, quando todo dia ouço a sua voz dentro de mim repetindo que você me ama. Como poderia antecipar o que eu temia? Mentiras. Você se revelou a maior delas.
Pois bem, você estava certo, afinal: eu não o conheço. Mesmo.
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Fura-bolo que fura olho
Traição. O que quer que seja que venha à cabeça ao ouvir essa palavra, não pode ser qualquer coisa como sorrisos e anjos. Adicione paixões e colegas e temos a receita para um desastre.
Se uma amiga ficasse com o meu namorado, seria uma traição dupla. Não somente ela seria a pivô de uma separação, responsável por um coração partido, mas também estaria traindo toda a confiança que eu depositei nela como amiga.
A verdade é que a base de qualquer relacionamento é confiança. Se não houver isso no namoro ou na amizade, não tem como esses dois existirem. Podemos estar em pleno século XXI e sermos super modernos, mas essa coisa de "furar olho" vai ser sempre o fim - seja do namoro, seja da amizade.
Se uma amiga ficasse com o meu namorado, seria uma traição dupla. Não somente ela seria a pivô de uma separação, responsável por um coração partido, mas também estaria traindo toda a confiança que eu depositei nela como amiga.
A verdade é que a base de qualquer relacionamento é confiança. Se não houver isso no namoro ou na amizade, não tem como esses dois existirem. Podemos estar em pleno século XXI e sermos super modernos, mas essa coisa de "furar olho" vai ser sempre o fim - seja do namoro, seja da amizade.
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
A ausência faz o coração refletir
Gisele era tudo. Desde seu intelecto inequiparável até seu semblante que me atraía ao extremo, eu não poderia pedir por mais nada em alguém que já não tivesse encontrado nela. Aquele sorriso, aquele sotaque, aquela espontaneidade. Estava cativado, corpo e alma.
Eu prometi a ela flores, cartas e todo o meu amor. Naqueles dois meses, a única coisa a qual não lhe jurei era o mundo, pois ela já o tinha. E foram dois momentos, dois momentos tão bons, mas que vieram ao fim, numa triste despedida hispânica. Estávamos apaixonados, mas éramos jovens e morávamos longe, longe demais. Existia um oceano intransponível e literal entre nós.
E as epístolas pararam, tempos depois, junto com esse amor juvenil. Não de repente, mas como se aos poucos o coração fosse se desapegando daquilo que outrora foi tão real. A distância trouxe o esquecimento.
Contudo a ausência não me fez esquecer plenamente dela. Em algumas horas serei um homem casado e tudo o que passa pela minha mente é a imagem daquela Gisele tão livre, tão esbelta, tão minha. Imagino se agora ela está casada e se esse outro é melhor do que eu. As perguntas são inúmeras. E se eu tivesse mantido minhas promessas? E se eu tivesse sido persistente, se tivesse a visitado em sua faculdade, se tivesse continuado a ligar? E se eu tivesse resistido a esse impulso natural de deixar o passado para trás?
O que teria acontecido se nenhum de nós tivesse desistido?
Eu prometi a ela flores, cartas e todo o meu amor. Naqueles dois meses, a única coisa a qual não lhe jurei era o mundo, pois ela já o tinha. E foram dois momentos, dois momentos tão bons, mas que vieram ao fim, numa triste despedida hispânica. Estávamos apaixonados, mas éramos jovens e morávamos longe, longe demais. Existia um oceano intransponível e literal entre nós.
E as epístolas pararam, tempos depois, junto com esse amor juvenil. Não de repente, mas como se aos poucos o coração fosse se desapegando daquilo que outrora foi tão real. A distância trouxe o esquecimento.
Contudo a ausência não me fez esquecer plenamente dela. Em algumas horas serei um homem casado e tudo o que passa pela minha mente é a imagem daquela Gisele tão livre, tão esbelta, tão minha. Imagino se agora ela está casada e se esse outro é melhor do que eu. As perguntas são inúmeras. E se eu tivesse mantido minhas promessas? E se eu tivesse sido persistente, se tivesse a visitado em sua faculdade, se tivesse continuado a ligar? E se eu tivesse resistido a esse impulso natural de deixar o passado para trás?
O que teria acontecido se nenhum de nós tivesse desistido?
sábado, 16 de agosto de 2008
Bisbilhotando
Eu fuço páginas de Orkut, Facebook, MySpace, blogs e qualquer outra coisa que estiver ao meu alcance. E por que não?
É público, eu tenho acesso e disponibilidade. Eu vou mais é olhar o que acontece com os outros. Não que seja lindo o fato de eu fazer isso e tudo mais - nunca é politicamente correto admitir o que todos fazemos, de qualquer forma.
Mas eu olho. Eu futrico, espio e procuro por mais. Porque de que outra maneira eu ia ficar sabendo que ela tá dando em cima daquele cara que eu tô afim?
É público, eu tenho acesso e disponibilidade. Eu vou mais é olhar o que acontece com os outros. Não que seja lindo o fato de eu fazer isso e tudo mais - nunca é politicamente correto admitir o que todos fazemos, de qualquer forma.
Mas eu olho. Eu futrico, espio e procuro por mais. Porque de que outra maneira eu ia ficar sabendo que ela tá dando em cima daquele cara que eu tô afim?
sábado, 9 de agosto de 2008
Sobre a independência
Ser independente é ter uma chave para infinitas possibilidades. É trancar a porta de casa e sair com os amigos meia-noite e não dar satisfação a ninguém. É se trancar no seu apartamento com quem quiser e se esquecer do resto do mundo. Ou então, é trancar o carro num sábado à tarde numa cidade perdida depois que você decidiu viajar a esmo.
Mas mais do que isso, ser independente é não ter que relatar, responder ou reconsiderar. É ter liberdade adquirida e não ter de abrir mão dessa conquista. É ter a escolha de fazer o que quiser, ter opção, nunca obrigação.
Ser independente é ser quem você é por você mesmo.
Mas mais do que isso, ser independente é não ter que relatar, responder ou reconsiderar. É ter liberdade adquirida e não ter de abrir mão dessa conquista. É ter a escolha de fazer o que quiser, ter opção, nunca obrigação.
Ser independente é ser quem você é por você mesmo.
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Loucura de amor
Era setembro e eu passava as horas a olhar o tempo mudando. Assistia ventos, gotas e luzes. E a minha vida, sempre a mesma. Mas aquela primavera trazia mais que mudanças metereológicas.
Ele havia entrado na minha vida repentinamente. Alguns minutos depois de vislumbrar sua face já era tudo que eu conseguia pensar. Aquele jeito dele de segurar o violão e depois, com aquela voz que me arrepiava, acompanhar a música... Ele havia se tornado a voz na minha cabeça da noite para o dia.
Eu perdia noites de sono encarando seu rosto em fotos, as quais estavam devidamente penduradas em minhas paredes. E antes de observá-lo sob aquele ângulo, um beijo de boa noite em cada uma das imagens, até o dia em que eu pudesse beijá-lo devidamente. Se aquilo era tudo que eu podia ter, então que fosse.
E eu sabia tudo. Seu aniversário, sua cor e comida favoritas e até seus planos e sonhos. Para ser honesta, era capaz de eu saber mais sobre ele do que ele mesmo. E, a cada pequeno detalhe mais, eu morria. A cada vídeo que eu assistia, a cada canção que ouvia, a cada lábio que ele beijava que não era meu.
Eu nutria uma obsessão por alguém que nem conhecia. Ele me matava e nem sabia que eu existia.
Ele havia entrado na minha vida repentinamente. Alguns minutos depois de vislumbrar sua face já era tudo que eu conseguia pensar. Aquele jeito dele de segurar o violão e depois, com aquela voz que me arrepiava, acompanhar a música... Ele havia se tornado a voz na minha cabeça da noite para o dia.
Eu perdia noites de sono encarando seu rosto em fotos, as quais estavam devidamente penduradas em minhas paredes. E antes de observá-lo sob aquele ângulo, um beijo de boa noite em cada uma das imagens, até o dia em que eu pudesse beijá-lo devidamente. Se aquilo era tudo que eu podia ter, então que fosse.
E eu sabia tudo. Seu aniversário, sua cor e comida favoritas e até seus planos e sonhos. Para ser honesta, era capaz de eu saber mais sobre ele do que ele mesmo. E, a cada pequeno detalhe mais, eu morria. A cada vídeo que eu assistia, a cada canção que ouvia, a cada lábio que ele beijava que não era meu.
Eu nutria uma obsessão por alguém que nem conhecia. Ele me matava e nem sabia que eu existia.
quinta-feira, 24 de julho de 2008
― Eu estou amando ― ela disse para si mesma abruptamente, voltando a seus sentidos.
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Milena era uma garota típica de 17 anos, com sua família feita por parentes um tanto quanto doidos e com amigas que só falavam de garotos. Cabelos castanhos que combinavam com seus olhos, estatura mediana e umas gorduras que a incomodavam. Uma garota mediana, exceto por uma coisa: ela nunca tinha amado.
Obviamente que amava seus pais, seus amigos e seu cachorro de estimação, mas a questão é que nunca havia se apaixonado de verdade. Não é como se nunca tivesse saído com garotos ou até mesmo namorado; já tinha passado um bocado de dias segurando mãos alheis. O problema era que não tardava muito a buscar um novo par de mãos.
Mas aquela terça-feira amena era um marco. A rotina era quebrada. Encarava sua xícara de leite intocada enquanto divagava lembrando-se das vezes em que fingira beijar aqueles lábios que almejava e então sentia falta daquela voz grave tão única dele. Imaginava como seria segurar aquelas mãos para sempre e poder se perder naqueles olhos azuis.
― Eu estou amando ― ela disse para si mesma abruptamente, voltando a seus sentidos.
A rotina da indiferença era quebrada. Ela, pela primeira vez, realmente estava amando um garoto, o único garoto para ela, a seu ver. Ela mesma mal podia crer em como ele a tinha salvado de seu próprio ceticismo. E ela seria, enfim, uma garota normal.
Seria, então, não fosse um detalhe. Era como se ela estivesse fadada a se destacar da maioria. Porque era uma minúcia que mudava tudo, tornava a história tão mais inacreditável quanto mais incomum. Milena estava amando alguém que só vira através de uma tela e ouvira através de auto-falantes.
domingo, 13 de julho de 2008
Sexo. Só o fato de falar essa palavra pode ser um tabu em si. Mas por quê?!
É algo natural que todos fazem mais cedo ou mais tarde, independente de haver acesso a camisinhas ou não. Ou seja, nossas escolas têm, sim, que disponibilizar preservativos, mas não só isso como deve haver também um diálogo, instruções para que quando chege a hora, realmente não haja um risco de DSTs ou uma gravidez indesejada.
Cada um tem a sua hora. O conhecimento e os meios para o sexo seguro não mudam isso. Máquinas de camisinha não vão interferir nessa decisão pessoal - elas só vão garantir que essa decisão não vire o pior pesadelo do jovem.
quarta-feira, 9 de julho de 2008
Eu comecei a beber quando tinha 13 anos e, desde então, sempre fui conhecida como aquela garota que está sempre com um copo, uma taça ou uma lata de alguma bebida na mão. Já passei por vexames, falei coisas que me arrependi de ter dito depois e já não lembrei o que aconteceu na noite anterior. O álcool já era parte de mim.
Mas a situação saiu dos eixos - dez da manhã parecia tarde para abrir uma garrafa. A rotina era sempre a mesma, também - começaca com um gole e terminava no banheiro ou praticamente desmaiada em qualquer canto. E no único dia em que nada disso poderia acontecer, eu não consegui evitar o contato do copo com os meus lábios e cheguei ao ponto de literalmente nem saber o meu nome.
Era sério; até eu já começava a perceber o meu problema. E tudo ia para outro nível se levado em consideração o histórico de alcoolismo na família. Minha mãe estava determinada a me mandar para uma clínica de reabilitação, mas ela cedeu depois de eu implorar para que não fosse, prometendo não beber mais.
Não vou dizer que nunca mais tomei uma gota sequer, isso seria mentira, mas posso afirmar que nunca mais cheguei àquele estado. E não é por isso que nunca mais me diverti. Tenho experiência suficiente para dizer que o problema não está na bebida, mas em como se bebe. Não digo que não se deve beber, só deve haver uma certa moderação, como tudo na vida. Porque, de verdade, aquela linha tênue, uma vez cruzada, da maior diversão que você tem, pode virar seu pior problema.
domingo, 6 de julho de 2008
I'll always remember today as the day when my grandfather died.
It must have been about 3am when the phone rang with the news. It was before 6am when my father left for his funeral, 600km away, leaving wife and daughters behind. There was no need for everyone to go. And the only reason he went through all that trouble was because it was what you could call an obligation.
The saddest thing about this event was not death itself, but how he was not mourned. Not by his grandchildren, not by his son. When he needed them, there was no one around because that's what he brought upon himself.
Everybody dies. What can actually be different is if you are going to have someone by your side just before you do, someone who hopes you make it, someone who holds your hand. The meaning of life is not life itself, but it's something we find in death.
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