domingo, 30 de novembro de 2008

O Sonho

Eu sonho em ir para um lugar normal, sem nada de especial, aonde há ruas comuns e prédios como os que eu vejo todos os dias. Eu quero ir para uma cidade no hemisfério norte como a em que eu vivo aqui. O que torna isso um sonho é quem vive lá.

A verdade é que eu preciso ir para uma cidade normal do Canadá só para ficar ao lado daquela pessoa com quem eu sonho. Ir para lá é quase que só ter um cenário lindo ao meu redor, uma vez que o que realmente importa é ter um par de braços ao meu redor quando eu preciso.

Porque eu sei que meu vizinho aqui do lado não é perfeito para mim como ele, que vive lá tão distante. Estou fadada, então, a desejar com todas as minhas forças ir para o outro lado do continente. E eu não serei feliz de forma plena até ter realizado vôos longos e ver folhas de bordo. É mais que um sonho - eu preciso ir para lá.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Beija, beija, beija!

Ah, eu me lembro... Meu primeiro beijo. Eu e meu grupo de amigos da quinta série num canto da quadra, brincando de verdade ou desafio. Bom, nada mais natural do que todo mundo desafiar eu e aquele meu amigo a beijar - como éramos quase inseparáveis, eles achavam que deviam dar esse empurrãozinho.

E foi. Não vi estrelas, o chão não se moveu e eu não senti um friozinho na barriga. Era simplesmente um beijo, uma coisa que me parecia ainda um pouco estranha e não muito natural - mas exatamente o que eu esperava. E não foi como se depois disso minha vida tivesse se transformado, como se houvesse a "Gabi-antes-de-beijar" e a "Gabi-depois-de-beijar". A única sensação que eu tive depois foi de satisfação comigo mesma por ser uma das primeiras da turma a realizar tal feito. Ele era meu amigo, mas eu não estava apaixonada por ele.

Meu primeiro beijo não foi romântico, mas foi o que eu sempre havia imaginado.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Moda da conquista

Quando conquistar alguém está em pauta, é claro que eu vou ousar e usar algo que chame atenção. O quesito guarda-roupa é imprescindível nessa hora! Cores e estampas mais atraentes, sem contar os bons e velhos amigos das mulheres - decotes e minissaias.

Eu me cuido e eu me arrumo, porém nunca fora do que eu sou. Porque, acima de tudo, o jeito que alguém se veste é como essa pessoa se apresenta ao mundo. Ou seja, não mudaria meu estilo e não usaria coisas que não gosto simplesmente para ganhar a atenção do cara. Ele tem que gostar de mim pelo que eu sou - o que eu visto é só um complemento.

sábado, 18 de outubro de 2008

E agora?

Perto da minha casa tem uma rua que eu só vejo o começo. Ela some direita afora, correndo morro acima e atiçando a minha curiosidade. O que vem depois daquela curva? Todos os dias, eu passo em frente a esse enigma, vendo árvores, carros estacionados e um prédio isolado. Todos os dias, eu me vejo querendo explorar o resto daquele canto de mundo. Mas todos os dias eu ouço um "agora não, mais tarde" na minha mente.

Aquela rua é o caminho para a felicidade e aquela voz sou eu. Perdida em procrastinações, eu sempre vejo-me rendida ao mais fácil, que é deixar tudo para depois. Mesmo que eu possa ter o fantástico, de que ele vale se eu deixo para ir ao seu encontro somente amanhã? Há sempre a atuação de uma força maior qualquer que me deixa completamente inerte no agora.

Depois daquela curva, quem sabe, há sorrisos, paz, respostas. Tudo que eu sempre quis pode estar concentrado ali. Mas eu não sei - estou sempre a esperar por uma hora melhor para averiguar se meu pote de ouro está após aquelas árvores. Só que amanhã, amanhã é outro dia e aí pode ser tarde demais.

O futuro e o passado também perdem seu valor se o presente não for devidamente apreciado. A vida é agora, não depois. Eu não deveria postergar minha busca pela realização dos meus sonhos. Então preciso abrir meus olhos - agora, não mais tarde. Porque eu não deveria deixar para amanhã para começar a viver.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Perdoar alguém sem olhar quem

Eu posso até ser ingênua demais, mas acredito que perdão não tem limite. Não existe uma linha a ser traçada que delimite o que é perdoável ou não. Todos somos passíveis de cometer erros, portanto todos deveríamos ter o direito a uma segunda chance, uma nova oportunidade para fazer tudo diferente.

Além do mais, o que seria da vida se não fossem esses erros? Não poderíamos aprender, o que nos fadaria a uma impossibilidade de crescer. Precisamos que os outros vejam em nós arrependimento e esqueçam daquilo que não foi certo. Sem isso, não há espaço para esse amadurecer. É assim que se constrói uma vida melhor.

Eu creio em apagar o passado e só olhar para um futuro melhor. Sem mágoas nem ressentimentos, não importa o que foi feito.
Nada é tão impossível de ser esquecido. Um mau julgamento pode aparecer de todas as formas e tamanhos - poderia ter sido você quem cometeu esse erro.

Desculpe-me, mas acredito em um mundo aonde deve existir um perdão pleno.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Dramaholic

A vida é uma novela e eu sou a mocinha. Um sorriso só me encontra quando chove e é quase uma necessidade existir alguma coisa errada. Até protagonistas mexicanas deviam ter injeva desse cotidiano.

Dizem que é vício, mania, patologia, mas entenda - é só que a cada dia há um novo motivo para que uma hora eu simplesmente transborde e desmorone. Não é como se eu procurasse os problemas, eles é que me encontram naturalmente. Não tem como negar ou fingir que não existem, aquelas questões estarão lá de qualquer forma, tomando conta da mente e do coração.

Eu cultivo flores, mas o que posso fazer se elas crescem e viram dor? Só quem sente é que sabe. A vida é o drama em si. E a grande pergunta é: quando é que eu tenho o meu final feliz?

domingo, 21 de setembro de 2008

Próximo

Eu luto por menos distância.

A minha causa é por mais proximidade em todos os sentidos. Menos hesitações e menos saudade.
Eu defendo desde um sorriso aleatório para algum estranho, mais palavras com o seu vizinho do que o mero "bom dia" até menos estradas entre aqueles que moram tão mais longe do que se gostaria.
Eu quero mais abraços espontâneos, dizer "eu te amo" sem motivo algum, menos barreiras e passagens mais baratas.
O mundo seria infinitamente melhor se as pessoas estivessem mais perto de nós.
Eu luto por menos distância porque o amor não tem fronteiras.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

B.

Don't say it's okay.
You can say I'm still your one and it's not because you're not with me as much as I'd like that anything in you has changed. It's not that simple.

Perhaps it doesn't work like that for you - you don't simply blink your eyes and think "I don't love her anymore." But I've lived long enough to know for a fact that this is a possibility. Because so many times it happened to me...

And you know, you should know, that things are not how they used to be. We used to spend hours talking about nothing and then we wouldn't be able to wait for the next time we'd do nothing together. And now, now it's been a while since you've even smiled at me and things can't stay this way. I don't want to lose you. So don't say it's okay. Because you may not change, but, darling, I just might.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Música para meus ouvidos

Eu fiz um comentário com um certo humor conotado acerca de você. Claro, foi negado. Mas eu afirmei que sabia quem você era. E não era isso mesmo, então, que seria feito? E você, da forma mais ríspida que pôde encontrar dentro de si mesmo, disse que eu não o conhecia.

Foram só quatro palavras, mas que efeito que tiveram! Quando se sentimentos estão em jogo, o menor dos males toma proporções tremendas. Era como se todas as ilusões que eu contruí em cima de seu ser maravilhoso tivessem sido espatifadas numa questão de frações de segundo, sendo evaporadas ar afora. Meia hora de silêncio bastou para querer esquecer aquele outubro.

E cá estou eu, agora, pensando acerca de tudo isso. Eu não pensava que você poderia despedaçar-me daquela forma, quando todo dia ouço a sua voz dentro de mim repetindo que você me ama. Como poderia antecipar o que eu temia? Mentiras. Você se revelou a maior delas.

Pois bem, você estava certo, afinal: eu não o conheço. Mesmo.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Fura-bolo que fura olho

Traição. O que quer que seja que venha à cabeça ao ouvir essa palavra, não pode ser qualquer coisa como sorrisos e anjos. Adicione paixões e colegas e temos a receita para um desastre.

Se uma amiga ficasse com o meu namorado, seria uma traição dupla. Não somente ela seria a pivô de uma separação, responsável por um coração partido, mas também estaria traindo toda a confiança que eu depositei nela como amiga.

A verdade é que a base de qualquer relacionamento é confiança. Se não houver isso no namoro ou na amizade, não tem como esses dois existirem. Podemos estar em pleno século XXI e sermos super modernos, mas essa coisa de "furar olho" vai ser sempre o fim - seja do namoro, seja da amizade.